MICROPRÁTICAS COTIDIANAS: A Voz Silenciosa dos Indivíduos em Oposição ao Formalmente Estabelecido na Gestão Cooperativa – Uma Reflexão Teórica
Keywords:
Cotidiano, Micropráticas, Gestão Cooperativa.Abstract
Este estudo, desenvolvido sob a luz dos conceitos de Michel de Certeau, tem por objetivo discutir, a partir de uma abordagem teórica, como os indivíduos em suas ações cotidianas utilizam-se de práticas de resistência, em sua maioria silenciosas, para se opor às formalidades estabelecidas pela gestão cooperativa. A partir do ideal de ajuda mútua da visão socialista que fundamentou a sua concepção, muitas cooperativas buscam persuadir os indivíduos que dela fazem parte de que os interesses das mesmas é o mesmo dos manifestados pelos cooperados. No entanto, o que pode ser identificado, é que em sua maioria, são empresas capitalistas vestidas com a roupagem do cooperativismo para alcançar objetivos que as beneficiem. Diante desta realidade, os cooperados adotam posturas de microrresistência e buscam, mesmo de maneira velada, conduzir a sua própria história, a fim de não se tornarem marionetes de um sistema que objetiva apenas o alcance dos interesses relacionados ao capital.
EVERYDAY MICRO-PRACTICES: The Silent Voice of the People in Opposition to Formally Established in Cooperative Management – A Theoretical Reflection
This study was developed under the concepts of Michel de Certeau, it aims to discuss, from a theoretical approach, how the individuals in their everyday actions make the use of practices of resistance, in its silent majority, to oppose procedures established by the cooperative management. To birth to the ideal of mutual aid from socialist vision based its conception, many cooperatives seek to persuade individuals who are part of the same interests is the same as expressed by its members. However, what can be identified, which is mostly capitalist enterprises are dressed in the garb of cooperatives to achieve goals that gives benefit. Through this reality, the cooperative adopt microresistence postures and seek, even in a veiled manner, conduct its own history, so as not to become puppets of a system that aims only the range of interests related to the capital.