O uso da teleneuroregulação e da tomografia computadorizada no atendimento de AVC no Brasil: um enfoque no encaminhamento emergencial e na indicação da trombólise
Palavras-chave:
Teleneurorregulação, AVC, Tempo porta agulhaResumo
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das maiores causas de morte no mundo e seu manejo rápido reduz sensivelmente a morbimortalidade. Neste contexto, a teleneuroregulação traz apoio especializado de forma ágil para emergências neurológicas. OBJETIVOS: Avaliar perfil clínico, tomográfico e terapêutico de pacientes com suspeita de AVC atendidos pela teleneurorregulação, investigando tempo médio de atendimento e tipo de AVC. METODOLOGIA: Foram analisados retrospectivamente 587 prontuários de pacientes atendidos por teleneurorregulação no Centro Avançado de Neurologia e Neurocirurgia (CEANNE) entre 2019 e 2022. Foram coletados dados demográficos, sintomas, resultados tomográficos, tempo de atendimento, entre outros. RESULTADOS: Dos 587 pacientes, 40,37% eram AVC hemorrágico, 23,68% AVC isquêmico antigo, 29,64% AVC isquêmico novo e 6,30% Hemorragia Subaracnóidea Aneurismática. Em relação ao tempo de atendimento, constatou-se que todos os pacientes tiveram o início da teleneuroregulação em até 30 minutos e considerando início do atendimento, avaliação da TC, indicação de tratamento e encaminhamento, teve-se um tempo médio de 93,4 minutos (DV= 120,4). Houve associação significativa entre alterações tomográficas, indicação para trombólise e encaminhamento emergencial. CONCLUSÃO: A teleneuroregulação tem relevância no atendimento de pacientes com suspeita de AVC, principalmente pela agilidade no atendimento num país de dimensões continentais como o Brasil. Esses resultados fornecem informações valiosas sobre o perfil clínico e tomográfico dos pacientes, destacando a importância de estratégias eficazes para o AVC através da opinião de especialistas em tempo real.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são cedidos pelo autor à Revista Iniciare, que está autorizada a publicá-lo em meio impresso, digital, ou outro existente, sem retribuição financeira para os autores. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.